É normal ter sangramento durante a utilização de pomada vaginal? O que pode ser?
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Anorexia nervosa – O que é
Os pacientes com esta patologia têm a percepção de que estão gordos, quando na realidade se encontram extremamente magros.
Para ficarem magros recorrem a dietas restritivas que resultam em perdas de peso abaixo de 85% do que seria esperado, ou a valores de índice de massa corporal (IMC) abaixo de 17,5 kg/m2 com impacto a nível físico, podendo haver queixas de obstipação, dor abdominal, amenorreia, fraqueza e intolerância ao frio.
A nível psicológico é frequente a manifestação de sintomas como tristeza, baixa autoestima, autocrítica, isolamento social, irritabilidade, ansiedade e insónia. A nível comportamental é bastante comum que haja situações de ocultação de alimentos, simulação de refeições e uma recusa ou preocupação excessiva em alimentar-se em público. Normalmente, estes pacientes negam a sua condição, colocando em causa o acesso ao tratamento.
Em cerca de 95% dos casos a anorexia nervosa, atinge o género feminino. Geralmente, começa na adolescência, por vezes antes, e mais raramente na idade adulta. Afeta sobretudo pessoas de classe socioeconómica média e alta. Na sociedade ocidental o número de indivíduos com esta perturbação tem vindo a aumentar.
Em Portugal, estima-se uma prevalência de anorexia nervosa na ordem dos 0,3% a 0,4%, ocorrendo 90% no género feminino. Embora esta prevalência não seja muito elevada, ocorrem formas parciais da doença em cerca de 12,6% das adolescentes, cerca de 7% apresentam uma perturbação da imagem corporal e 38% com peso normal referem desejo de emagrecer. Estes números, todos referentes a Portugal, merecem uma atenção especial. A doença pode ser ligeira e transitória ou grave e duradoura, sendo fatal em 10% a 20% dos casos. A anorexia nervosa é a doença do comportamento alimentar com maior nível de mortalidade, sendo por esse motivo determinante o acesso precoce a um tratamento especializado.
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Intoxicação alimentar – O que é
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem publicado dados que são muito esclarecedores quanto à importância das bactérias, vírus e parasitas como agentes causadores de doenças de origem alimentar.
As diarreias provocadas por alimentos contaminados e de água imprópria para consumo são atualmente as principais causas de doença e morte nos países em desenvolvimento, matando cerca de 1,8 milhões de pessoas todos os anos, principalmente crianças. Na listagem das patologias com maior prevalência no mundo, as gastroenterites ocupam o primeiro lugar.
De acordo com as estimativas, as doenças de origem alimentar são 300 a 350 vezes mais frequentes do que indicam os casos declarados, afetando anualmente uma em cada três pessoas. Estas enfermidades são na sua maioria: toxinfeções alimentares, termo utilizado para englobar as infeções que ocorrem quando se ingere um alimento contaminado com um microrganismo patogénico que é capaz de crescer no trato gastrointestinal; e intoxicações alimentares, que resultam da ingestão de alimentos nos quais previamente cresceram bactérias ou outros microrganismos que produziram toxinas que acabam por ser ingeridas juntamente com ele.
Desde 2005 que a declaração de surtos de origem alimentar tornou-se obrigatória para todos os Estados Membros da União Europeia. Em 2006, 24 países comunicaram um total de 5.710 surtos, envolvendo 53.568 pessoas, de que resultaram 5.525 hospitalizações e 50 mortes. Quando se comparam os resultados desse ano com os de 2005, observa-se um aumento de 6,6% do número de casos notificados. Os principais alimentos envolvidos foram os ovos e produtos derivados (17,8%) e a carne (não especificada, responsável por 10,3%). Seguiram-se-lhes o peixe e os seus subprodutos (17,8%) e os laticínios (3,2%).
Em Portugal, tal como acontece na maioria dos países industrializados, os dados relativos às doenças de origem alimentar são escassos, o que se traduz numa subavaliação da real dimensão desta questão e, provavelmente, numa incorreta perceção da importância relativa de cada uma das patologias. Para esta situação contribuem diversos fatores. A maioria das vítimas de uma infeção ou intoxicação alimentar não recorre a um profissional de saúde e, quando o faz, raramente é sujeita a análises que permitam identificar o agente responsável.